O assentamento de blocos com argamassa polimérica resulta numa parede limpa, sem sobras e extravasamento de massa. Basta aplicar dois cordões, com espessuras entre 8 mm e 10 mm, do material de rápida colagem entre os tijolos. “De alto rendimento e produtividade, a polimérica rende 30 vezes mais do que a argamassa convencional.
Com uma bisnaga de 3 kg conseguimos executar 2 m² de alvenaria, ao passo que são necessários 60 kg de argamassa convencional para executar a mesma área”, informa o engenheiro Julio César Pavarin de Araújo, sócio da construtora Construfort.
A economia de custo para a obra é real, tanto pela leveza do material – que reduz a carga sobre as fundações, economizando aço e concreto –, quanto pelo emprego de menos mão de obra. “A redução do custo final pode chegar a 50% na comparação com a argamassa convencional. Até porque o preço da polimérica praticamente não mudou no último ano, enquanto os insumos empregados na cimentícia sofreram fortes aumentos”, comenta.
Composição e uso
A composição química da argamassa polimérica da Rasi, empresa do Grupo Isar, abrange, entre outros elementos: resina, cargas inertes e polímeros. “Tem uso específico na execução de paredes de vedação, mas não é recomendada para alvenarias estruturais. Já a argamassa convencional é ideal para alvenarias estruturais, chapiscos, emboço e reboco”, indica.
Vantagens
Ao comparar os dois tipos de argamassas para alvenaria, Araújo não vê vantagens no uso da cimentícia. Ressalta a elevada produtividade da polimérica que alcança, em média, 70 m² contra 30 m² por diária da argamassa convencional. “A velocidade chega a ser mais de 100% superior”, estima.
Ele conta que, no início do dia, o profissional não precisa aguardar o ajudante fazer as misturas necessárias na betoneira, ou seja, ele já chega na obra trabalhando. Há, ainda, redução da mão de obra necessária para o transporte da areia para os pavimentos superiores. “A argamassa polimérica já vem pronta para uso. Basta cortar o bico da bisnaga com uma tesoura e realizar a aplicação”, enfatiza.
O único cuidado para o assentamento dos blocos em dias quentes e com sol é aplicar a argamassa polimérica com agilidade, pois sua secagem é rápida. Resistente e flexível, suporta as movimentações estruturais sem apresentar qualquer patologia, o que não ocorre com a argamassa convencional.
“O preparo do material cimentício deve obedecer a dosagem adequada, se for utilizado muito cimento, a argamassa poderá sofrer retrações e trincas, pois sua resistência é menor do que a da polimérica”, observa Araújo.
Vale lembrar que a argamassa polimérica Rasi é ambientalmente correta, pois emprega água de reuso, evitando desperdício do recurso natural. “O consumo de água aumenta bastante quando se utiliza argamassa convencional. E não apenas na sua preparação, mas também para lavar todas as ferramentas, inclusive a betoneira”, conclui Araújo.
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